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O Que é Esse Projeto?

A violência contra as mulheres no Brasil persiste, mesmo depois da criação de medidas e leis que as defendem, como a lei Maria da Penha. A cultura do estupro e o machismo estão enraizados na sociedade brasileira e mundial como subprodutos do patriarcalismo e vistos constantemente em propagandas com alto teor erótico, músicas que objetificam a mulher, o incentivo a adolescentes para que desde cedo consumam pornografia, a mídia que eufemisa e/ou abafa casos de abuso.

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Apenas 35% dos casos de estupro são denunciados no Brasil. Em 2014; 47.600, que equivalem a uma pessoa estuprada a cada 11 minutos. No Rio de Janeiro, apenas 6% dos acusados vão a julgamento. Roraima é quem lidera, com a maior taxa de estupros no país, com 55,5 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, vem o Mato Grosso com 51,3 e Amapá, com 45. O que não significa relevância, pois boa parte dos casos não são denunciados. 90,2 das mulheres temem sofrer assédio sexual. Dados do Ministério da saúde afirmam que 70% das vítimas, são menores de 17 anos.

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Além das consequências vindas da violência do abuso, as vítimas têm que lidar com doenças psicossomáticas, tais como depressão, fobias, ansiedade, síndrome de estresse pós traumático, entre outras. Quando denunciam, são expostas a julgamentos de quem deveria protegê-las. São inúmeras as sequelas consequentes da violência contra a mulher.

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O projeto “Retratos Tênues” surge como uma tentativa de se opor a essa realidade, e mostrar às massas, de maneira sutil e artística, que os vários tipos de violência existentes são diários e se expressam em números e estatísticas alarmantes. Tem como objetivo trazer o debate a diversos grupos sociais e pessoas que, geralmente, não seriam atingidas por discursos mais agressivos que são vistos com frequência.

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“Retratos Tênues” irá ao encontro de mulheres vítimas de abusos e violações, como assédio sexual e moral, violência psicológica, violência doméstica, estupro ntre outros. Sem divulgar nomes, fotografar, ou falar algo que possa as identificar, será construída uma narrativa humanística sobre o abuso sofrido e sobre a vítima, esses materiais serão transformados em poesia e poderá ser musicalizado. Com cautela para não criar nenhum tipo de exclusão, ou reproduzir um discurso agressivo. Posteriormente essa narrativa será direcionada a um grupo de artistas plásticos que construirá um retrato de algo que simbolize o abuso e represente a vítima.

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A principal do grupo é mostrar, a partir de uma outra perspectiva,  os inúmeros tipos de violência que a mulher está sujeita e salientar casos onde há superação. Os dois lados da mulher serão ilustrados: as fragilidades diante da violência e a coragem e determinação de se elevar diante de determinadas circunstâncias.

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Queremos também, de alguma forma, amparar as vítimas, que normalmente sofrem preconceito e em alguns casos, acabam culpadas pela violência que sofreram. Seremos as vozes das vítimas, como incentivo à denúncia.

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