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Desejos de Liberdade

  • Rita Lima
  • 27 de dez. de 2016
  • 1 min de leitura

(Júlia Amorim)*

Ela era privada de sair de se divertir de usar a roupa que queria não podia seguir em sintonia

- Não abra as pernas! - Senta direito! - Não converse com homens demais! - Vá estudar! - Não arrume brigas! - Seja gentil, viva em paz!

"Não pode isso não pode aquilo use saia use vestido goste de rosa seja formosa bela, recatada e do lar"

- Sorria sempre, seja educada! - Aprenda a cozinhar, lavar e passar, pois só assim irá se casar!

Era privada de tomar decisões opiniões não podia dar era a coitadinha e nela todos podiam mandar.

Mas um dia ela cansou não queria aquilo, não procurava amor se sentia sufocada, oprimida, arrasada queria gritar, fugir, sair dali queria se libertar queria poder ser ela mesma ela queria queria e só queria mas não podia queria poder poder ter liberdade de ser mas não podia

"Chega! Basta! Livre quero ser deixem-me viver!"

Correu, correu e correu... sem rumo, correu... Abriu os braços sentiu o vento do alto da montanha o mundo inteiro era seu. Respirou fundo, esqueceu o sofrimento se deixou levar e... ... ... ... morreu...

*Poeta colaboradora do Retratos Tênues

 
 
 

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